As psicotrópicas, são as drogas que tem tropismo e afetam o Sistema Nervoso Central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas: por injeção, por inalação, via oral ou injeção intravenosa.
Dependência
Quando a droga é utilizada em quantidades e freqüências elevadas, o organismo se defende estabelecendo um novo equilíbrio em seu funcionamento e adaptando-se à droga de tal forma que, na sua falta, funciona mal.
Estado de adaptação do corpo, manifestado por distúrbios físicos quando o uso de uma droga é interrompido.
Na dependência física, a droga é necessária para que o corpo funcione normalmente, visto que a produção normal de neurotransmissores foi alterada pelo uso da droga.
Tolerância
É a necessidade de doses da substância cada vez maiores para se obter os efeitos esperados. Ocorre tanto por alterações no metabolismo do fármaco (p.e. aumento da capacidade de metabolização enzimática), quanto por alteração no funcionamento das células-alvo. No caso da cocaína, a tolerância aparece para os efeitos euforizantes e cardiovasculares. A sensação de euforia desaparece completamente com o uso de doses regulares
Overdose
Super dose, dose excessiva ou overdose são termos utilizados cientificamente para denominar a exposição do organismo a grandes doses de uma substância química, seja ela um medicamento, uma droga ou outra substância qualquer. Popularmente, o termo overdose é utilizado para denominar a exposição aguda a doses excessivas de uma droga de abuso.
A Overdose pode ocorrer por vários motivos, entre eles, uso de uma droga ilícita que estava com uma pureza acima do esperado, ou ainda uso de drogas que possuem contra indicações entre si, como por exemplo heroína e alcool.
A causa da morte depende do tipo de droga usada, por exemplo a overdose de cocaína se deve ao intenso estimulo ao sistema simpático (adrenalina).
As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes,os depressores e os perturbadores das atividades mentais.
Maconha - Pertubadora
O principal composto químico ativo da maconha é o THC (delta-9-tetrahidrocanabiol) e é o responsável pelos efeitos da maconha no sistema nervoso. Quando o indivíduo fuma a maconha, o THC rapidamente passa dos pulmões para o sangue, que o carrega para todo o organismo, incluindo o cérebro, onde se liga a receptores cerebrais exclusivos para cannabióides, os CB1 e CB2, descobertos em 1988.
O TCH produz uma alteração bifásica, euforia ( fase estimulante) e sedação (fase depressiva). Durante a fase estimulante é descrito como uma ação semelhante ao estado de sonho, pode ocorrer distorção visual e do tempo. A concentração pode estar comprometida. A memória diminui e a fome aumenta refletindo o efeito do THC sobre os receptores da acetilcolina e da serotonina respectivamente. Após a fase estimulante, é comum sono e letargia.
Alguns efeitos adversos na saúde, causados pela maconha, podem ocorrer devido o THC prejudicar a habilidade do sistema imune de lutar contra infecções e câncer. Depressão, ansiedade, e distúrbios da personalidade também estão associados com o uso da maconha. Devido ao efeito prejudicial na habilidade de aprendizado e memória, quanto mais a pessoa abusa da maconha, mais propensa ela será de ter um declínio de suas atividades intelectuais, de trabalho e sociais.
O abuso prolongado da maconha pode levar a dependência em algumas pessoas, fazendo com que a pessoa use compulsivamente a droga mesmo com seus efeitos danosos na família, trabalho, escola, e atividades recreacionais.
Cocaína - Estimulante
A cocaína é um alcalóide extraído da planta do gênero Erythroxylon, arbusto cultivado em regiões andinas e amazônicas.
A dependência à cocaína depende de suas propriedades psicoestimulantes e ação anestésica local. A dopamina é considerada importante no sistema de recompensa do cérebro, e seu aumento pode ser responsável pelo grande potencial de dependência da cocaína.
A cocaína é administrada por diferentes vias. Pode ser aspirada, sendo absorvida pela mucosa nasal. A cocaína causa vasoconstrição de arteríolas nasais, levando a uma redução vascular o que limita a sua absorção. O uso crônico freqüentemente acarreta necrose e perfuração do septo nasal, como conseqüência da vasoconstrição prolongada.
Injetada por via venosa induz efeito extremamente rápido, intenso e de curta duração. A injeção raramente é usada pela possibilidade de intoxicação por dose excessiva. Esta via é a mais responsável pelas alterações cardiovasculares e arritmias.
Mais recentemente, tem-se popularizado o uso por via pulmonar, sendo a droga inalada com dispositivo tipo cachimbo ou
Altas doses de cocaína e/ou uso prolongado pode desencadear paranóia. O crack pode produzir um comportamento particularmente agressivo em seus usuários. Quando as pessoas dependentes interrompem o uso de cocaína, elas freqüentemente apresentam depressão.
As mortes relacionadas com a cocaína são freqüentemente resultado de parada cardíaca ou convulsão seguida de parada respiratória.
Alcool – Depressora
A bebida alcoólica pode ser considerada como a droga mais vendida no planeta e o alcoolismo dela decorrente é um sério problema de saúde pública mundial
O consumo do álcool é antigo, bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma vez que passavam pelo processo de fermentação. Outros tipos de bebidas alcoólicas apareceram depois, com o processo de destilação.
Apesar de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser estimulado pela sociedade, esta é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento.
Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As mais freqüentes são as doenças do fígado ( hepatite alcoólica e cirrose). Também são freqüentes problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite), no sistema cardiovascular (hipertensão e problemas no coração)
O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). O etanol afeta diversos neurotransmissores no cérebro, entre eles o ácido gama-aminobutirico (GABA). Existem dois tipos de receptores deste neurotransmissor: os GABA-alfa e os GABA-beta, dos quais apenas o primeiro é estimulado pelo álcool, o que resulta numa diminuição de sensibilidade para outros estímulos.
O resultado é um efeito muito mais inibitório no cérebro, levando ao relaxamento e sedação do organismo. Diversas partes do cérebro são afetadas pelo efeito sedativo do álcool tais como aquelas responsáveis pelo movimento, memória, julgamento, respiração, etc.
Postado por Bruno B. do Nascimento
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