Anfetaminas

Estrutura Química da Anfetamina

As Anfetaminas, e drogas relacionadas como metanfetaminas, são um grupo de drogas que agem aumentando os níveis de norepinefrina, serotonina e dopamina no cérebro. Elas estão inclusas em drogas prescritas para o SNC, comumente utilizadas para tratar de déficits de atenção e hiperatividade em adultos e crianças. A droga também é utilizada para fins recreativos em boates e como um otimizador de performance. O nome anfetamina deriva do nome químico alfa-metilfenilamina.

História

A primeira vez que a anfetamina foi sintetizada foi em 1887 por Lazar Edeleanu. Ele nomeou este composto de fenilisopropilamina. Era um de vários compostos relacionados à efedrina, derivada de extratos vegetais. Na farmacologia, a anfetamina não foi utilizada até 1929, quando Gordon Alles, um pioneiro farmacologista, resintetizou e testou nele mesmo, em uma pesquisa para encontrar um compostos sintético que substituiria a efedrina. Além disso, por volta de 1933, Smith, Kline e French começaram a vender a forma volátil da anfetamina, que foi usada como um descongestionante. Porém a primeira tentativa de estudos científicos da anfetamina denunciarou dois efeitos primários, “uma sensação de bem-estar e êxtase” e uma “menor fatiga em reação ao trabalho”. Por isso, durante a Segunda Guerra, a anfetamina foi largamente usada para diminuir o cansaço causado pelo combate e aumento de atenção nos soldados. Depois de décadas de uso intensivo dessa droga, a FDA (United States Food and Drug Administration) limitou as drogas à base de anfetaminas ao uso sob prescrição médica em 1965. E em 1971, a anfetamina foi enquadrada na mesma classificação de outras drogas como a cocaína, o ópio e a morfina pelo Controlled Substances Act.

Mecanismo de Ação

A Anfetamina inibe as proteínas transportadoras de dopamina e norepinifrina existentes nos neurônios, impedindo assim a sua reabsorção e aumentando a concentração desses neurotransmissores nas sinapses. A dopamina é o neurotransmissor principal das vias meso-limbicas e meso-estriadas. Essas vias têm funções de produzir prazer em resposta a acontecimentos positivos na vida do indivíduo, recompensando a aquisição de novos conhecimentos ou capacidades (aprendizagem), progresso nas relações sociais, relações emocionais e outros eventos. O aumento artificial da dopamina nas sinapses pela Anfetamina vai ativar anormalmente essas vias.

Efeitos da Anfetamina

A pessoa sob o efeito de anfetamina tem insônia, perde o apetite, fica eufórica (cheia de energia) e com uma fala acelerada. Além disso, apresenta sensação de poder, irritabilidade, prejuízo do julgamento, suor e calafrios. A pupila dilata-se, efeito chamado midríase, sendo prejudicial e perigoso para os motoristas que a consomem, pois ficam com o olho mais sensível aos faróis dos carros. A circulação sanguínea é prejudicada pela contração das artérias, outro efeito da substância, reduzindo oxigenação e transporte de nutrientes importantes. A pressão arterial é elevada e há aumento da freqüência de batimentos cardíacos (taquicardia), podendo gerar infarto agudo do miocárdio ou arritmias cardíacas, sendo ambos potencialmente letais.No cérebro podem ocorrer acidentes vasculares (derrames) e isquemias (prejuízo na circulação sanguínea em pequenas áreas), acarretando como conseqüência, neste último caso, diminuição da atenção, concentração e memória. Convulsões é outro efeito do uso de anfetamina pela elevação da temperatura do corpo. A redução da sensação de fadiga ocasionada pela anfetamina pode ser prejudicial, já que ao disfarçar o cansaço provoca um esforço excessivo para o corpo. Porém, quando o efeito da droga passa, o usuário sente uma grande falta de energia e depressão, não conseguindo realizar nem as tarefas que fazia anteriormente ao uso.

Os efeitos psicológicos da anfetamina podem incluir ansiedade e/ou nervosismo (pelo aumento de epinifrina), uma maior criatividade, percepção de maior energia, sensação de bem estar, maior concentração, um aumentado estado de alerta, sensação de poder e superioridade, excitabilidade, maior expressão de raiva e paranóia; os efeitos são similares a outras drogas a base de feniletilamina e à cocaína.


Postado Por Bruno Nascimento


http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/biblioteca/documentos/Dados_Estatisticos/populacao_brasileira/II_levantamento_nacional/Substancia/326830.pdf

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